PEA na Neuropatia Periférica Diabética

O Diabetes Tipo 2 (DMT2) é caracterizado pela incapacidade da insulina ativar o sistema de transporte da glicose em tecidos dependentes de insulina; Hiperinsulinemia compensatória inadequada para superar essa resistência à insulina.

A neuropatia periférica diabética (NPD), uma das complicações mais comuns do diabetes mellitus, é definida como a apresentação de sintomas e/ou sinais de disfunção nervosa periférica em pacientes com diabetes, após a exclusão de outras causas

Efeitos da PEA

Uma amida ácido graxo da família N-aciletanolamina, é capaz de exercer importantes efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e neuroprotetores atuando em vários alvos moleculares, tanto no sistema nervoso central quanto periférico, bem como nas células imunológicas. 

Os resultados clínicos obtidos de muitos pacientes com dor neuropática, associada a patologias de várias etiologias, fornecem amplo suporte para os efeitos anti-inflamatórios e analgésicos da PEA. Esses achados apoiam a visão de que a atividade terapêutica da PEA é independente da etiopatogênese da dor, mas está mais relacionada a um mecanismo que possui um substrato comum (mastócitos e microglia) às várias doenças.  

Resultados

Um estudo teve como objetivo avaliar a eficácia do tratamento com Palmitoiletanolamida (PEA) na redução dos sintomas dolorosos em pacientes diabéticos com neuropatia periférica. Os resultados obtidos foram:

- A análise estatística (ANOVA) demonstrou redução altamente significativa na gravidade da dor e sintomas relacionados, avaliados pelo Michigan Neuropathy Screening, Total Symptom Score e Neuropathic Pain Symptoms Inventory;

- As análises hematológicas e de urina não revelaram quaisquer alterações associadas ao tratamento com PEA e nenhum efeito adverso sério foi relatado.

Conclusão

Os resultados sugerem que a PEA pode ser considerada um novo tratamento promissor e bem-tolerado na sintomatologia de pacientes diabéticos com neuropatia periférica.

Referências bibliográficas

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